...ninguém vai resistir
se eu usar os meus poderes para...
a tomada do poder pela baixaria.
É claro.
Em entrevista da série de sabatinas do Grupo Estado, no dia 3 de setembro do ano passado, o prefeito de São Paulo declarou: "A cidade inteira identifica a gestão Kassab, em primeiro lugar, com educação e saúde. A educação então foi uma verdadeira obsessão!" Ainda em campanha, em 2008, Kassab afirmou, agora em sabatina do projeto Educar para Crescer, em 21 de outubro do mesmo ano, que sua prioridade seria acabar com o “turno da fome” (período de aulas entre 11h e 15h) e melhorar a qualidade do ensino, começando pela base.
A Prefeitura admitiu oficialmente no dia 7 de outubro de 2008 que manterá o turno da fome na rede municipal de ensino em 2009, em 66 escolas municipais de ensino fundamental. Por outro lado, de acordo com avaliação do Ministério da Educação, as escolas municipais de ensino fundamental da cidade de São Paulo têm o pior desempenho entre as capitais da região Sudeste. Comparando com outras capitais brasileiras, a maior cidade do país leva apenas o décimo primeiro lugar para as quartas séries e décimo segundo lugar para as oitavas. Por outro lado, a gestão de Kassab também diminuiu em 17% a quantidade mensal de leite distribuído às famílias cujos filhos têm entre um e seis anos, atendidas pelo programa Leve Leite, afetando cerca de 420 mil crianças. Por outro lado, o público das atividades culturais dos CEUs encolheu 42% durante a mesma gestão, após redução drástica da programação cultural (como o corte das sessões semanais de filmes pra menos de um terço e do teatro infantil pra menos de um oitavo da programação original). Por outro lado, auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou que as creches conveniadas da prefeitura "têm baixo desempenho em termos de ensino", comparadas com unidades administradas, por conta do baixo número de educadores com formação adequada - média de 1 para 4,8 crianças nas unidades administradas, contra 1 para 59,5 nas creches conveniadas. A terceirização do atendimento a crianças de zero a três anos tem sido uma das principais orientações das últimas gestões municipais, pela possibilidade de expansão mais rápida da rede e por acarretar menores custos (ainda que a legislação municipal reconheça a necessidade de formação de nível superior para os educadores e estipule tal condição a todos até 2011).
Ciente disso, o Partido da Baixaria Nacional, ao tomar o poder, criará o novo "Sistema Educacional de Educação Educativa". Tal programa contará com uma nova grade curricular, mais adaptada às necessidades da baixaria, como aulas de pole dance (também conhecida como "dança do poste"), muito mais rica no campo estético e promovedora da elevação, do crescimento e do enrijecimento de indicadores até o latejar dos índices que só serão mostrados em lugares mais reservados, para o pudor da família brasileira.
P.S.: Em nota oficial, o presidente do Partido da Baixaria Nacional, Embair Furtado, declarou estar horrorizado com o roubo de projetos de sua autoria por prefeituras de certas capitais brasileiras.
"Escrotos! Querem podar minhas iniciativas e meus propósitos! A prefeitura de São Paulo já está financiando cursos gratuitos de pole dance. Mandei uma de minhas concubinas à uma aula da programação do Tendal da Lapa, e agora descobri que o município é que bancou. Isso é humilhante, essa gestão quer roubar todos os nossos votos!"
As professoras de pole dance selecionadas pela prefeitura de São Paulo são escolhidas após concorrência anunciada no Diário Oficial da cidade, e ganham R$ 50 por hora de aula. Embair, ainda em sua nota oficial, afirmou: "Por tal valor em dinheiro, dando aulas de segunda a sexta, só umas três aulas por dia, uma professora dessas ganha fácil mais de R$ 3000,00. Por uma grana dessas, já mandei minha mulher fazer graduação e pós-graduação em subir no pau! Diz ela que, pra isso, tem um tal de professor Doutor Ricardo, que ela diz ser muito bom, não sei..."
P.S.2: Sobre a redução da quantidade mensal de leite distribuído pela prefeitura de São Paulo, o secretário da Educação, Alexandre Schneider, declarou: "a medida não tem a ver com economia da prefeitura, é apenas ajuste da embalagem". Embair Furtado não deixou de expor sua opinião: "Pôxa, com uma embalagem dessas, eu não faço economia..." - afirmou o presidente da baixaria, babando enquanto analisava a qualidade do sistema educacional brasileiro pela foto que segue a seguir.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Educação sentimental, uô-ô! Li um anúncio no jornal...
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