Introdução - Um fantasma ronda o bairro - o fantasma da baixaria. Todas as impotências do velho mais cansado esvaem-se numa santa lembrança: raparigas vistosas, conversas de boteco, Dietrich e Bardot, noitadas suburbanas, mas a polícia fazendo revistas.
Que prego em sinuca de bico não foi acusado de baixaria por seus adversários no poder? Que pinguço descontrolado, por sua vez, não lançou a seus adversários socos no ar de direita ou de esquerda à alcunha infame de baixaria?
Duas conclusões decorrem desse fato: 1.°) A baixaria já é reconhecida como força por todos os bares da rua. 2.°) É tempo de os baixaristas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro da baixaria. Com este fim, reuniram-se baixaristas de vários naipes e redigiram o manifesto seguinte, que não será publicado, mas bebido, papagaiado e confraternizado em esperanto de língua enrolada.
O assunto sempre acabará no meio da cerveja. A cerveja sempre acabará no meio do assunto.
Baixaristas de todo o mundo: a saideira, por favor!
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